O Banco Central está preparando uma importante mudança para tornar o ecossistema do Pix ainda mais seguro. A instituição começará a padronizar os critérios usados para identificar possíveis fraudes, garantindo que todos os participantes — bancos, fintechs e instituições de pagamento — adotem os mesmos parâmetros na análise de transações suspeitas.
A decisão foi destacada por Renato Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro, durante a live comemorativa dos cinco anos do Pix.
Por que essa padronização é importante
Hoje, cada instituição interpreta de maneira própria o que pode ser considerado um indício de golpe. Isso acaba gerando discrepâncias: enquanto alguns bancos bloqueiam transações rapidamente, outros podem reagir mais devagar.
Com a nova regra, o BC quer eliminar essa margem de interpretação e criar um padrão claro, técnico e aplicável em grande escala. O objetivo é garantir que, diante de um sinal de fraude, todas as instituições ajam de forma consistente e previsível.
Os critérios estão sendo desenvolvidos em conjunto com o mercado no Fórum Pix, mas ainda não têm data oficial de publicação.
Novos recursos de segurança em desenvolvimento
Além da padronização, o Banco Central está preparando uma série de melhorias que prometem reforçar ainda mais a proteção dos usuários.
1. Telas de alerta para transações suspeitas
O sistema passará a exibir avisos quando identificar algum risco na transação. A mensagem será direta e objetiva, alertando o usuário de que aquela operação pode não ser segura.
É um passo importante para ajudar especialmente quem não tem familiaridade com golpes mais sofisticados.
2. Bloqueio automático para chaves marcadas como fraudulentas
Se uma chave já estiver registrada como envolvida em fraudes no diretório oficial do Pix, a transação será automaticamente negada — antes mesmo de ser concluída.
Essa resposta rápida deve reduzir drasticamente o tempo de reação em casos de tentativa de golpe.
3. Mais autonomia para o usuário
O BC também vai lançar uma função que permite ao próprio usuário bloquear a criação de novas chaves Pix vinculadas ao seu CPF.
Na prática, isso impede que golpistas tentem abrir contas fraudulentas em seu nome — algo que tem se tornado cada vez mais comum.
4. MED 2.0: rastreamento mais eficiente
No dia 23 de novembro, entra em operação o MED 2.0, uma versão aprimorada do Mecanismo Especial de Devolução.
A atualização permitirá rastrear recursos que passaram por várias camadas de transações, aumentando significativamente a capacidade de recuperar valores desviados.
O impacto para o mercado
Apesar de o Pix registrar apenas sete fraudes a cada 100 mil transações, um índice inferior ao de cartões, o Banco Central reforça que o momento é de evolução contínua.
A combinação de padronização, automação e mais poder nas mãos do usuário representa um passo importante para consolidar o Pix como o meio de pagamento mais seguro do país.
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